sábado, 10 de dezembro de 2011

A Guerra de Secessão Brasileira

Ultimamente os meios eletrônicos têm sido tomados por enxurradas de críticas, xingamentos e troca de ofensas entre sulistas e nordestinos. É um bate-rebate sem fim, que só mostra o buraco de nosso sistema de educação e a situação da (i)moralidade que temos em nosso país.

Vejamos cada um dos lados:

Os nordestinos sempre foram escurraçados, escravizados, morando em terrenos nada férteis, sujeitos a um calor infernal, e alheios ao processo de industrialização brasileiro.

Os sulistas, incluindo os paulistas, foram abençoados com terras muito férteis e boa pecuária, um clima ameno, colonização civilizada e boa localização comercial.

Essa é a história toda? Errado. Isso é só um aperitivo da complexa realidade que vemos hoje. É o que a mídia nos mostra. Nos próximos posts tentarei usar desses aspectos para traçar um perfil mais completo de porque nosso país caminha silenciosamente para uma guerra civil, um apartheid "cultural".

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Blitz da Lei Seca

Estava aqui passeando pelas notícias essa manhã e me deparo com um uma análise traçada em um portal de notícias, por um (mal)dito advogado de carreira, sobre a Lei Seca.

Esse senhor trata a blitz da Lei Seca como um ato inconstitucional, sem resultados e que apenas serve para tumultuar a vida dos cidadãos. Um advogado defendendo indiretamente o crime??? Estamos de que lado, afinal, nesse país?

Caro Senhor, pois como estamos em um país constitucional, tenho também meu direito de expressão preservado e faço questão de usá-lo agora:

Em primeiro lugar, essa questão de direitos humanos está alienando muita gente. Como a (in)Justiça é incapaz de fechar o cerco contra os bandidos e, até mesmo, de combater a podridão nos altos escalões, passaram então a direcionar suas críticas ao comportamento da polícia, quando estes fazem algo mais correto.

Saliento aqui que não defendo a polícia como um todo; acredito que a sujeira possa ser encontrada em qualquer lugar. Mas cabe lembrar que boas ações merecem ser apoiadas, ainda que na prática não surtam os efeitos esperados.

O segundo ponto que gostaria de abordar aqui é sobre a ausência dos tais resultados dessas blitz. Caros colegas, as apreensões de bebidas alcoólicas representam o que, então? Não sei o que vocês pensam, mas acredito que a maioria dos que consomem bebida alcoólica morre sim de medo de ser multado e/ou preso. Vocês responderão: "Conheço muita gente que não tem." Mas claro, e eu conheço exatamente essas pessoas: são as mesmas que se escondem atrás de altas patentes, atrás das calças(-inhas) de papais e mamães poderosos, ou quem iria imaginar, dos reais bandidos que circulam por aí (não só os de carteirinha não, mas os que participam de rachas). E se não gostou, melhor parar de ler por aqui. Se a blitz às vezes não tem dado resultado, é pelo espírito safado da própria população brasileira, que se usa de ferramentas digitais, como Internet (twitter) e celulares, para ajudar outros a escapar dessas fiscalizações. A meu ver, quem faz isso é tão bandido quanto quem pratica: tem um termo no Código Penal para você, amigo: Cúmplice!

Para encerrar essa crítica mal-feita (pois se pudesse faria um monografia sobre isso), desmitifico agora o último ponto abordado por esse sujeito: tumultuar a vida do cidadão. Barbaridade assim não ouvi nem do México e suas quadrilhas; é inconcebível que se use dessa desculpa esfarrapada para criticar uma iniciativa como a blitz da Lei Seca. Quem tumultua a vida do cidadão é a saidinha de banco, os órfãos que surgem de assaltos a pais de família, a sensação de insegurança em sair de casa com um cartão de crédito (até medo de clonagem nas lojas temos agora), e, principalmente, personagens representativos do poder público comentando tais asneiras...

Quer saber, agora sim me deu vontade de encher a cara realmente! Mas já tenho minha carona, beleza? Juízo a vocês, galera.