A inveja se dá entre duas pessoas, ou seja, relacional. A ganância é um fenômeno pessoal.
Cada vez mais vemos isso: se um gari reclama pra ter um reajuste de 50%, então chovem outras categorias com a mesma reivindicação. Mas o problema não está aí. Diariamente ocorrem variações nos preços de alimentos, combustíveis, serviços e outros bens, o que justifica um merecido aumento nos salários para não ficarmos aquém de nosso poder aquisitivo. Aí é o lar da inveja financeira, que não chega a ser um ato megalomaníaco...
O lobo nessa questão são algumas categorias, e nós sabemos quais (não quero ser processado, não é?), que também reivindicam tal aumento, sem enxergar o próprio umbigo e ver que seu rendimento está muito acima das flutuações de consumo, tornando-se estritamente desnecessário qualquer mudança em seu plano de salários. Esse é o retrato da ganância. Note-se bem a diferença entre esse caso e o anterior.
Muitos profissionais parece que decoraram de cor a seguinte afirmação: "Para que o trabalhador seja motivado, é necessário que ele trabalhe em condições dignas, favoráveis (eu acrescentaria a palavra Luxuosas,em alguns casos). Assim, me pergunto se não deveria ser sua paixão pelo trabalho o que realmente o motivasse a escolher determinado ramo. Isso será assunto de um post futuro, mas acredito que cabe aqui essa consideração.
A ganância vai além de nos despertar para reivindicações sociais; ela caminha para nos tornar países...
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